domingo, 26 de dezembro de 2010

A vida com mais cor digital

   Olá! Comprei uma tablet. Mal tirei ela da caixa e comecei a usar. Experimentei o tanto que deu por que depois tive que partir para o desenho de fato. Afinal, tenho dois projetos para desenvolver pelo Kammer Club. Deêm uma olhada nesses dois desenhos do Crimera e um do Lewis Knight.
Obs: 1° - Sr Vegas, de Crimera; 2° - Kevin Smith, de Lewis Knight e 3° Ramos, de Crimera.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Projeto da minha vida - Lewistron Knight

   Olá galera, continuando o papo sobre os projetos de games da Kammer Club, vou só mostrar aqui umas artes de rascunho do projeto que criei para ser desenvolvido depois do Crimera Online. Saimos da modernidade e violência da máfia e entramos na época das guerras de cavaleiros medievais. Lewistron Knight já está sendo planejado a 1 ano e certamente vai valer toda a espera.




terça-feira, 26 de outubro de 2010

Kammer Club

   Ah 5 anos eu criei um grupo de produção de games chamado Equipe Kammers, esse nome veio de um game que eu teimava em fazer no game maker 6 (r). De lá pra cá, eu tentei formar equipes de todas as maneiras - já passei por umas 4 formações de equipe e nunca consegui produzir nada concreto.
   Então, esse ano, resolvi recomeçar mais uma vez e pra minha surpresa, consegui formar um ótimo grupo. Infelizmente, ninguém da escola de belas artes quis participar, mas consegui colaboradores lá do Paraná.
   A organização tem sido o diferencial dessa vez: usamos basicamente o msn groups, Google Docs e o Windows Live Groups para nos comunicar e tem dado tudo certo, tudo no tempo. O resultado é o começo da montagem do Crimera Online um mês depois da formação da equipe! Quando digo montagem, já estou me referindo a montagem final das coisas. Agora é ir montando e construindo até a hora de lançar um beta e logo em seguida lançar o game completo pra se jogar online. Segue imagens de alguns pontos da produção.

Primeiro teste de inventário

Primeira construção de Tilesets

Imagens de concepção do game

Aqui o trabalho já está mais avançado

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Agora é a hora da Máfia

Clarice, Prostituta da Zona
Norte de Tino


  Olá galera! Abandonei o espaço do desenhista, por que estou trabalhando arduamente num projeto de game muito audacioso - se não polêmico - chamado Crimera Online. Mas como eu tinha dito no primeiro post, os games também fazem parte das minhas funções como artista. Então agora vou postar uma série de posts a respeito do game.  Não deixem de se cadastrar para poder aproveitar o game (o site já está no ar). Todos os dias, atualizações novas são feitas no game e creio que logo, um beta será lançado para você dar uns tiros e se divertir nas ruas do Distrito 4.

 O GAME

  O game terá gráficos simples e jogabilidade descomplicada. Um ponto serve para que qualquer, mesmo você que tem uma péssima internet assim como a minha e o outro para que você possa simplismente jogar e descansar sua mente de formas complicadas de resolver alguma tarefa.
  Vou estar postando as atualizações importantes aqui no blog para que você possa se interessar e aguardar por esse grande projeto. O Site oficial do Crimera Online é http://www.crimera.com.br/ . Cadastre-se!

Momento de Produção do game
Crimera Online

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"A Voz de Tulinha - Programa Piloto parte 1" no ar

   Blz... coloquei o programa piloto da minha animação atual "A Voz de Tulinha" no Canal Kammer no Youtube. Meio complicado esse negócio de animação: acabei perdendo a parte 2 e 3 do trabalho, mas eu vou recuperá-las posteriormente.
   Esse não é o meu trabalho que terei que fazer pra me formar na federal. E também não estou usando as condições de trabalho que queria, mas mesmo assim tá aí a animação. Obs: infelizmente o YouTube tirou o audio original da animação com vozes e tudo... vou ter mais cuidado com isso da próxima.

domingo, 29 de agosto de 2010

Roupagem nova

   Resolvi fazer uma segunda mudança no blog. A principal coisa que queria era colocar essa logo que está aí... sendo ela preta, mudei todo o resto... heheh!
   Sobre o material que estou preparando... bem, estou preparando. Já avisei que vou postar menos e apresentar as histórias e ilustrações já completas. Então era isso mesmo, daqui a uma semana eu volto! Flws...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tiras - experiência

    Eu tentei fazer algumas tiras nas férias. Na verdade eu só queria ver algo que acontecia com uma rápidez maior que um capítulo de revista em quadrinho. Gostei da experiência, mas não pretendo fazer isso o tempo todo. Nâo é lá muito a minha praia! hehe...


sábado, 31 de julho de 2010

Reativando blog pós férias merecida

   Estou reativando o blog novamente. Essas férias foram boas pra definir alguns critérios para o momento. Vou postar menos, mas vou mostrar mais material completo dessa vez. Pra começar, vou linkar aqui a chamada da minha nova animação que estou produzindo (55 segundos).

sexta-feira, 2 de julho de 2010

DERIVA - finalisando

  Bem, pra finalisar o assunto sobre a exposição - foi uma ótima experiência, embora eu não saiba se poderei aproveitar as coisas como foram, tipo, exposições e tal... infelizmente, o processo de quadrinho não é tal volátil. Porém, algumas ideias surgiram pra serem aproveitas mais pra frente. Agora eu me volto de novo para os projetos parados até aqui:
     O Sétimo Dia - Poxa, ja demorou né?! hehe. Essa HQ será finalisada no final desse mês e deve aparecer pra uma apreciação pública em agosto, depois de esgotados os tramites legais. Ela será gratuita e será uma primeira versão... ela será ampliada na publicação da coletânea Sete Dias.
     O Dia da Morte de Marta - Esse projeto continua sendo a principal a 1 ano. Agora eu posso voltar a trabalhar nela espero que sem interrupções maiores.
     Lewistron Knight - cara, a vontade de continuar esse game é enorme! Eu acho esse roteiro o mais claro e mais bem trabalhado até aqui, o que é estranho por que se trata de um game. Mas a pesquisa dele foi enorme, então não poderia ser diferente.
     Atualizações e reformulações das redes sociais - Estou reformulando o Orkut e futuramente também esse blog e o Facebook para falar somente de quadrinhos, games e animação.
   Ok, então. Como sei que vocês não gostam de ler, eu paro por aqui mesmo. Flws!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Marca - demostração

     Segunda postagem do dia! hehe... agora eu vou mostrar uma demostração de 5 páginas da curta história exposta no DERIVA. Ela é meramente visual - por que fala de pinturas rupestres, uma linguagem visual e também para não prender as pessoas lendo a revista por muito tempo.
     Marca é uma história de um personagem que aparenta ser um "homem das cavernas". A história mostra um momento casual de caça, mas o pano de fundo mostra a brincadeira do artista com as marcas da sociedade pré-histórica e de nossa sociedade contemporânea. O que eu quis foi dar um palco para a pessoa que vê as imagens monte o expetáculo na cabeça dela. Mas eu sou meio confuso... espero ao menos não ter viajado demais...

As 5 primeiras páginas da HQ MARCA de Jaison J Franklin, todos os direitos reservados.

DERIVA - texto 1

     Olá galera! A exposição, apesar de ser um "exercício de aula", foi bem aproveitado pelos colegas como uma experiência válida para conhecimento do seu trabalho para com os outros: tirar os projetos do armário e prepará-los para serem vistos por todos. Esse é o espirito da Exposição DERIVA.
     O dia de abertura contou com a participação de muitos colegas daqueles que expuseram seus trabalhos. O local de exposição do centro cultural ficou tomado de pinturas, desenhos e instalações. Embora não pareça, muitos daqueles trabalhos não foram finalisados e ainda estão passando pelo processo - mas isso não foi pela falta de tempo de acabar antes. Isso também faz parte da proposta: mostrar o processo de criação do artista.

  MARCA

     Eu nem disse o nome da HQ exposta. Ela se chama Marca e está na parede de uma das salas da galeria. Foi um processo rápido e intenso, mas eu pude acabar a primeira etapa que consistia na finalisação e reprodução da mesma. Agora eu estou "re-finalisando" ela na parede! Pois é, algo novo pra mim. Depois eu escrevo mais textos com respeito a exposição e também darei uma introdução a produção de férias que está chegando aí.
  OBS: como muitos não me conheciam, aproveitei para ver as opiniões de todos sem "maquiagem". Eu ficava perto enquanto fazia comentários à respeito do que estava nas páginas da HQ. Que bom! A maioria entendeu ao menos o que estava nos quadros... HAAHAHAH! Flwws.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Exposição - Deriva

   Ok, pessoal! Tá chegando a hora. Ainda a algumas coisas pra fazer, mas no dia 14 vai finalmente começar a exposição. Se vocês puderem prestigiar tudo o que vai estar acontecendo será muito bom.
   A diversidade será realmente grande. Mesmo os assuntos permeando uma faixa da nossa história. Como eu disse, tive que mudar o quadrinho que será exposto. Já está na etapa de arte final. Pra quem não consegue ler o que tá escrito no cartaz. Abaixo estão as informações mais importantes:

DERIVA - Mostra Experimental da EBA UFMG
abertura: 14 de junho (às 20:30h) até 26 de junho.
Centro Cultural UFMG - Av. Santos Dummont, 174 - Centro.
Espaço 104 - Próximo à Praça Rui Barbosa, 104 - Centro.

Esperamos por você lá!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

O Sétimo Dia não será mais o quadrinho da exposição

   Olá galera! Eu tô passando só pra avisar que O Sétimo Dia não será mais o quadrinho exposto no fim desse mês, no Centro Cultural. Eu peço desculpas, principalmente depois de todo esses textos sobre a HQ. Embora tenha acontecido esse imprevisto, o quadrinho vai continuar sendo produzido e finalizado no mês de julho. O quadrinho da vez já tem um enredo sendo produzido para a ocasião da exposição. O espaço será aberto apartir do dia 15 de junho para apreciação do público. Esse dia vai marcar o início da montagem de tudo é será feita bem diante de todos até o fim do mês. Pelo trabalho que fazer as páginas acarreta, a HQ poderá ser vista somente no fim do mês, lá pelo dia 25 ou 26 de junho. Anote aí e espero sua visita.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O Sétimo Dia: amostragem

   Essas duas semanas foram bem intensas: o vento arrancou o telhado da minha casa e eu tive que desenhar algumas páginas de O Sétimo Dia embaixo de gota e na escuridão. Essas foram as semanas em que intensifiquei também a produção da HQ. Depois fiquei sabendo que o dia da exposição seria dia 2 de junho (fudeu!), o que seria trágico para o quadrinho. Vanessa, minha amiga, me avisou que seria no fim do mês de junho (ufa!) o que foi um grande alivio. Agora eu estou conciliando a produção de originais e da arte final.

Conciliando a pesquisa com a prática

   Eu li muito, eu trabalhei muito junto aos meus quadrinhos da velha guarda. Agora eu estou produzindo um quadrinho muito atípico do que fiz até aqui. O tempo que ganhei (tempo dado pela Vanessa) vai manter intacto a qualidade que estava imprimindo.
   Eu quero deixar bem explicitado o poder de transformação e criação do protagonista da história. Quero que a tecnica passe, na medida do possível, a expressão do que quero contar. Bem, já chega de falar... abaixo segue as 3 primeiras páginas da HQ. Se puderem comentar, estejam a vontade. Valeu e até a próxima!

Obra pertencente a Jaison J Franklin. Reprodução Proibida.

terça-feira, 4 de maio de 2010

"Algo mais... Maurício de Souza"

Quanto tempo! Bem, eu estou realmente ocupado com "O Sétimo Dia" (tanto como nunca estive com outro quadrinho antes). Mas deu tempo de fazer um trabalhinho a parte. Até a próxima.


domingo, 18 de abril de 2010

A evolução da Espécie

   Bom domingo pra você. Bem, vou continuar meus estudos públicos sobre o ato de criação de um artista de quadrinhos, ou seja, como o nosso processo criativo se desenvolve no correr dos anos. Agora eu quero mostrar isso de forma prática (a prática é, de longe, minha tática favorita de ação. E não a teórica). Minha arte se divide em 3 fases principais: a "primitiva", a evolutiva e a atual (eu chamo ela de semi-profissional). Já mostrei aqui um desenho da minha fase primitiva. Agora vou mostrar a evolução de minha forma de faser quadrinhos. A partir desse momento, começo a levar minhas referências técnicas e culturais mais a serio. Leve em consideração tudo que disse no texto anterior. Devo acrescentar que eu acabei perdendo algo no meio do caminho... algo que encontro claramente na minha arte primitiva. Que bom que estou passando por essa fase de redescoberta.
  OK, vamos aos exemplos imagéticos para que observação. Todos os personagens apresentados aqui estão sobre minha responsabilidade no que diz respeito aos direitos autorais.

1. Essas são as 5 revistas que dividem minha fase primitiva da minha fase evolutiva. Elas tem uma media de 16 páginas. Foram feitas uma por mês... em 6 ou 7 meses;
2. Essa que está em cima das outras foi o último n° da primeira fase de G.A. (Guerreiros Alfa);
3. Observe o desenho geométrico - base de todo meu desenho nessa época;
4. Esse aí é o antigo 'Nega'. Nessa história se chamava 'Nayga'... continuava minha dificuldade de bolar nomes;
5. Uma página da segunda revista. Por opção, mantive ela no grafite;
6. Observe as sequências de rostos desse personagem. A evolução é feita de mês em mês;
7. A mudança mais significativa aconteceu da segunda revista para terceira como podem ver. Mas meu roteiro continuava sendo uma cópia de desenhos que eu tinha visto até ali;
8. Aqui meu desenho começou a capiturar uma referência muito forte de Dragon Ball Z;
9. Amadurecimento na quarta revista;
10. Bem mais expressivo... digamos, mais seguro;
11.  A melhor revista graficamente falando.
12. Ultima vez que aparece na ultima fase (que não foi terminada).  


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   Aqui terminou as minhas primeiras histórias de G.A. Eu já identifico um primeiro ponto de minha identidade artística: foi a partir dessas revistas que comecei a determinar começo e fim das histórias. Já as terminava na minha cabeça - desde então, nunca mais terminei minhas histórias. Eu realmente não me dou bem com finais. Talvez por não acreditar profundamente nos mesmos... como pude testificar um tempo depois.
   Agora, vejam imagens de minha fase evolutiva a partir de 2004. Essa foi a mais prolifera no quis respeito a técnica. E também foi quando reduzi muito minhas referências. Até suprimi-las inconcientemente do meu processo criativo.

1. Essa revista foi feita para a feira de ciências da minha escola em 2002. Foi a primeira vez que fiz algo que queria de fato (com quadrinhos). As cópias foram roubadas e depois, em uma feira sobre transito que aconteceu na escola, estava lá, toda plagiada e com frases trocadas. Eu gostei de que tenham me tomado por modelo... talvez, essa tenha sido a primeira vez;
2. Esse é o Nex (ex-Nega e ex-Nayga). Feito em 2004 ou 2005. Eu já estava bem mais seguro no que fazia. Já sabia que artista de quadrinho era uma profissão e queria segui-la;
3. Minha primeira história adulta. Não terminei - talvez por não ser adulto o suficiente na época. É a criação testando seu criador;
4. Essa é uma página de ação de G.A. na segunda edição da obra. Com o tempo, acabei abandonando o traço do tipo Dragon Ball Z e tive que inserar, mais uma vez, a obra. Agora irei começar a terceira versão (essa será a última).

1.2.
3.4.

   Tenho  muitos outros exemplos de como foi a evolução do meu desenho. Mas creio que para fins de pesquisa isso já é suficiente. Agora a próxima fase será a parte comercial da coisa. Bem, eu queria escrever mais, mas já ta meio tarde. Eu volto no decorrer da semana. Por favor, se puderem, façam comentários para eu ter algumas impressões de terceiros. Obrigado e até...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

O Sétimo Dia...

   O ato de criação é uma constante para qualquer artista que se preze. Essa criação está sempre pautada em escolhas que temos no decorrer da vida. O artista tenta sempre exceder sua arte, transformando seu ambiente individual e social, mas não consegue romper com os laços das criações que já existiram antes dele. Poderíamos ainda tirar outras coisas da cartola, que não fossem coelhos?
   Essa luta interior de superação tem duas bases, na minha opinião: o lado dos que se perguntam – “O que fazer para ser lembrando? O que leva a um “Como posso fazer algo que levem consigo para sempre?”“. A outra base e do estudioso que compreende as técnicas e desenvolve suas atividades sem muito se importar se as mesmas estão inovando, embora se preocupe em manter o teor de interesse dos leitores pela criação.

...O Dia do resgate das origens.

   Eu sou um nascido da cultura pop dos anos 80. Essa já era uma cultura globalizada, mas com um erro grave: apesar de se encontrar material das mais diversas mídias e dos mais diversos países, o Brasil não tinha nada pra mostrar. Essa realidade afastou o criador (falando de quadrinhos, pelo meu ver) de uma identidade cultural nacional.
   Mesmo enchendo meus quadrinhos de coisas de CDZ (cavaleiros do zodíaco), Dragon Ball e outros animes da Manchete ou SBT e outros; haviam detalhes muito particulares, coisas muito minhas na qual não copiei de ninguém já que só comecei a ler quadrinhos mais adultos com uma regularidade (não confundam com pornô) só depois de 2001, 2002. Eu fazia chamadas fora do contexto da história com os personagens (eu nunca tinha visto isso em outro lugar, não que lembre) e também marcava as paginas finais com uma marca que, com certeza, nunca tirei de lugar nenhum! Isso eu redescobri lendo minhas antigas revistas para me inspirar no Ser Criador de “O Sétimo Dia”, obra que estou realizando agora para o fim do semestre. Foi uma ótima idéia ter me revisitado dessa forma... muito positiva. Apesar de ter hoje muito mais experiência com a produção de uma HQ, algo de minha ‘Pedra Bruta’ ficou largado em algum lugar. Tanto que estava vendo Naruto esses dias e os personagens faziam o mesmo (dimensão não contextualizada dos personagens) e eu achei o “mó estranho!”. Bem, eles faziam coisas mais ligadas à emissora onde o desenho passava, mas mesmo assim, foi uma falha minha deixar coisas que fazem parte de minha noção de criação escapar dessa forma. Ok, esse é o texto que vai marcar o inicio da CONTAGEM INICIAL para a finalização de “O Sétimo Dia” e “Programa Piloto”. Foi mal o atraso para a entrega dos textos e a falta de imagens dessa vez. Mais acima vocês vão achar os textos sobre outros assuntos que colhi durante a semana. (FALTA 3 MESES PARA A EXPOSIÇÃO DE “O SETIMO DIA”)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Material para começar

     Ok, mais um texto preparatório. Os matérias que utilizo antes de começar o quadrinho variam dependendo da história que farei. Meu estilo atual tem uma semelhança com o mangá. Isso já é uma economia para mim, já que desenho em preto e branco (P&B). O material de quadrinho clássico e de mangá é bem parecido: nanquim, pinceis, canetas, papel de gramatura maior e o básico (lápis, borracha, régua, etc). No meu caso, utilizo recursos digitais de composição como acerto de enquadamento, troca de fontes e aplicação de retículas digitais. Meu trabalho de HQ atual é a história "O Sétimo Dia". Nela eu usei inicialmente:
 - um vidro de naquim 60g (R$ 6), 1 pincel marta n°3 (R$ 12), 1 pincel chato de boa expessura (R$ 8) e papel canson 20 folhas gramatura 140 (R$ 6). canetas nanquim e lapis eu já tenho.
     São 20 folhas que serão 90% finalisadas a mão. O Tratamento no PC não é obrigatório, mas é uma mão na roda totalmente. Vou reticular mais pra efeitos e cores fortes. Não ficou muito dispendioso afinal! Mas devo pensar na maneira de reprodução que farei... isso sim será terrivelmente fodástico!

  Vavá Mangás (marca de registro pendente, hehehe)

     Enquanto comprava esse material, descobri umas caixas com material (possivelmente escuso) 'quadrinístico'. A loja é a do Vavá onde se encontra material de artes. Ele tá com um número bom de mangás 'clássicos' na loja dele. Eu estava brincando com respeito ao 'escuso'. Os mangás estão tudo em preços de R$ 2,90! (saudades quando não havia roubo na venda de revista). Você possivelmente não conhece o Vavá, nem tem um fato marcante para eu estar dizendo isso... só que achei sensacional poder comprar uns 20 volumes de Batousai Kenshin a 42 reais... isso é fodástico!

Kenshin na época em que não pedia demais...


sexta-feira, 2 de abril de 2010

Roteiro – termine enquanto ainda está quente

     Voltei. Eu disse que hoje eu iria mostrar alguns exemplos clássicos, mas por causa do feriado, vai ter que ficar para um outro dia.

Roteiro

     Um roteiro tem que ser construído de maneira igual a uma peça de vidro: é reunido um punhado de areia e outros materiais que são aquecidos a muitos graus centígrados. E então, com tudo ainda em massa incandescente, a forma é dada. Logo em seguida, vem os detalhes da peça com ela ainda quente. O roteiro acaba sendo parecido com isso. Se for um roteiro curto (história de até umas 50 páginas), dá pra fazer toda a idéia central no mesmo dia da idéia completada - você reúne as idéias e de uma vez só bota tudo o que tem na cabeça no papel. É isso aí, tudo vai no mesmo dia pro papel. No dia seguinte (com certeza a idéia ainda ta bem quente) eu faço uma revisão e com um afastamento apropriado (da hora da primeira escrita) vou cortando o que não fez muito sentido e também vou completando partes que ficariam mais interessantes com detalhes, às vezes, não tão relevantes, mas que são complementares a idéia principal.
     Infelizmente, é difícil se envolver com um tempo suficiente a uma obra maior e mesmo a histórias menores. Afinal, temos aula, trabalho, temos que beijar muito a namorada... Enfim! Mas existe uma essencialidade importante quando falamos de trabalho com quadrinho que é o compromisso com o que ta fazendo: se é importante, o planejamento à longo prazo é totalmente indispensável. Existem coisas que não vão esperar por você... se demorar demais a passar o roteiro pro papel, vai perder o interesse (pode escrever o que to dizendo). Os personagens também não têm tanta paciência, principalmente aqueles que são principais... eles mudam na cabeça o tempo todo e se não viverem a história logo de uma vez, acabamos nos perdendo com ele.

Escritos de bastidores

     Sabe a página que está no post anterior a esse? Ele não é a história em si. É uma espécie de ‘jornal’ do dia anterior ao campeonato dos meus personagens. Esses tipos de escrito são os bastidores de produção. Pra mim esse tipo de coisa ainda é um mistério. Eu não sei por que sempre fiz isso depois de terminar as minhas histórias antigas. E também antes de começar as histórias de hoje em dia. Eu estou tendo aula de metodologia em pesquisa na faculdade. Nós coletamos informações sobre o processo de produção... ou seja, é algo realmente importante para um artista. Logo, quem faz quadrinho é um artista! Que nada, somos só uns mercenários com muita sede de grana!!! (brincadeira gente, tem que explicar tudo)
     Ken Akamatsu é o desenhista de Love Hina – um dos quadrinhos referência pra mim. Ele produziu um encadernado chamado Love Hina Infinity (publicado pela JBC Mangás aqui no Brasil) onde ele conta todo o processo de produção da história desde o início e o dia de produção dos assistentes. Muita coisa parece bobagem (coisas que parecem feitas para o encadernado e não para a história), mas vai saber né?! Vai que por causa das besteiras que o negócio fez sucesso! A gente já sabe como é o povo, não é mesmo!? Rsrsrsr....

Capa de Love Hina Infinity - JBC Mangás

segunda-feira, 29 de março de 2010

Meu primeiro grande Personagem

   Não posso começar a falar dos meus quadrinhos de hoje sem antes falar do meu primeiro grande personagem: o Nega, é isso mesmo: “O” e não “A”. Começou desde cedo a minha deficiência pra criar nomes. Criei ele quando tinha 4 anos de idade... Quando as outras crianças ainda só desenhavam natureza, papai e mamãe, casinha; eu criava o Nega batendo nos bandidos que tinham tudo a mesma cara! O Nega também tinha a mesma cara dos bandidos, mas ele tinha um diferencial: ele tinha uma longa cabeleira representada por um único fio de cabelo grande (simplificação cubista?). O amigo imaginário das outras crianças eram invisíveis... o meu todo mundo via no meu caderno da escola. E claro, ganhava bronca por usar o espaço do caderno de matemática para desenhar briga e esportes do Nega. Eu sempre o favoreci... quando criei a minha própria liga de super heróis indestrutíveis, ele era o líder só mesmo atrás de mim que também fazia parte da história só de relance. Eu sempre me enxerguei alguém que dava as ordens aos meus personagens, mas que era um mero espectador quando visto do ponto de vista das histórias, por isso, só aparecia nos telões de transmissão por vídeo. Ah, sim: o Nega não era o principal em força, mas sim, o seu irmão mais velho: o Herói (é esse era o nome, outro grande nome muito significativo). Ele quase não lutava (apesar de ser o mais forte), mas sempre dava conselhos quando necessário. Aqui eu marcava a minha organização de construção de quadrinhos: Nega (personagem), Herói (estrutura) e Eu (criador). Estava tudo lá desde o início, hoje em dia eu vejo claramente... impossível ver há 21 anos atrás. Quem sabe daqui a 21 anos eu possa compreender o que tem acontecido nos dias de hoje com minhas páginas de quadrinho. Ah, outra coisa: eu desenho o Nega até hoje, mas hoje em dia ele tem outro nome e outra turma pra se divertir.

Página do Jornal Amigos (1998 - isso pra mim é pre-histórico). Na postagem de sexta feira, eu
posto páginas de 1992, 1997 e 2002 para compararmos. 


quinta-feira, 25 de março de 2010

Revisitação

   Boa Sexta!
     No final do semestre, ocorrerá uma exposição de trabalhos dos alunos da matérial Brasil I (Artes Visuais UFMG). Eu vou estar participando exibindo a última história da coletânea "Sete Dias" onde faço uma espécie de 'portifóleo' que vai servir para me manter numa linha de produção criativa e fiel as minhas origens nessa arte. Essa HQ terá 30 páginas (20 delas registradas) e será vendida em uma formula "experimental"... uma proposta feita para a apresentação desse projeto na academia de artes. Essa mistura de arte clássica e arte popular tem sido minha linha de pensamento na atualidade. Espero que esse trabalho seja uma porta de entrada para uma carreira com quadrinhos.
     Outro exclarecimento: "Sete Dias" é uma obra para se vender, mas a última história: 'O Setimo Dia', HQ que será exibida no fim desse semestre, tem um carater muito pessoal. Ela é a última história e até hoje eu fiz somente os primeiros capítulos de "O Dia da Morte de Marta" (a primeira história). Por que exibir a última história antes de produzir as outras 6 completamente? Bem, por que não?...

HQ abaixo: "O Diário de Mário" | Autor: Jaison J | Curso de Quadrinhos (Centro Cultural UFMG)